Após um bom banho saímos do Hotel "La Villa" em Nice.
Tomamos o pequeno almoço, bem perto, num café agradável, o "les Hussards Bleus".
Após o café, no nosso Ford Fiesta alugado, resolvemos fazer mais uma incursão pelos Alpes Marítimos. O destino inicial era Peillon.
Após uma estrada ingrata de montanha, cerca das 12h30, lá chegamos à vila de Peillon.
Esquecemo-nos que essa distância, por vezes, pode ser enorme, quando se trata de estradas de montanhas.
O estômago lá ia refilando, mas esperávamos encontrar um restaurante em breve.
Enfim, chegamos a Contes, uma povoação relativamente grande, que certamente iria ter vários restaurantes. Azar, era o dia de festa da localidade e não se conseguia arranjar local para comer em parte alguma.
Que fazer? Tanto para a frente como para trás apenas estradas de montanha. Havia que conquistar as mesmas e lá seguimos cheios de fome. Já eram 15h30 e não sabíamos onde conseguiríamos almoçar.
Após passarmos uma ponte na estrada, numa povoação sem restaurantes
Frustados lá seguimos, continuando a aventura, difícil, de subir a montanha.
Surpresa. Num local no meio do nada, uma esplanada numa casa junto à estrada.
Maravilha, apressámo-nos a entrar. Lá dentro um grupo cantava, comia e bebia.
Os nossos olhas saltaram de alegria. Enfim íamos comer qualquer coisa.
Enquanto os meus companheiros de aventura perguntavam se se podia comer alguma coisa eu dirigi-me de imediato ao WC para lavar as mãos.
A senhora que nos atendeu, surpresa, olhando para nós e apercebendo-se do nosso ar de esfomeados, disse que se arranjava algo como umas uma tapas (presunto de Parma, queijo e chouriço caseiros, pickles e foiegras) e umas cervejas.
Sentámo-nos felizes na esplanada a comer e a beber.
A "senhora do restaurante" olhou para nós, lá foi buscar outra dose e ao colocá-la na mesa disse-nos:
- Sabem isto é uma festa de anos, o restaurante está fechado"
Ficamos sem palavras, rimo-nos da nossa figura.
Aquela festa e restaurante eram de uma família integrada numa comunidade aparentemente hippie, disposta a ajudar e a partilhar.
Foi com alegria e partilha que fomos acolhidos.
Na despedida e ao pagar, a conta foi pequena e ainda nos foi oferecido um licor verde, de "umas ervas que aparentemente nos fazem rir".
Felizes e de barriga aconchegada lá seguimos pois havia que conquistar novamente a montanha.
O nosso sincero obrigado àqueles que tão bem nos receberam
(Fotos: A.Campeão, todos os direitos reservados)
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